SINPREFOR acompanhou discussão de projeto "Escola Sem Partido" no IFG

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Na última sexta-feira (23), representantes do SINPREFOR participaram da discussão do projeto federal da "Escola Sem Partido" que está sendo repercutido em diversas Assembleias Legislativas Estaduais e no Congresso Federal.

A palestra foi conduzida pela professora Miriam Fábia que, antes de tudo, afirmou: "Para começar, uma escola não possui partido, logo, a ideia de se retirar aquilo que já não existe esconde uma realidade alarmante que é a ameaça de produzir alunos com pensamento único acabando com discussões e debates necessários para dar suporte ao desenvolvimento da sociedade" disse.

No evento, o SINPREFOR foi representado pelo presidente Alex Nunes que disse estar satisfeito com o debate: "O projeto da mordaça é algo curioso. Como um professor de Geografia conseguirá dar aulas sobre Globalização sem poder falar das políticas macroeconômicas e ideológicas que estão sendo vividas no dia de hoje pelos países no mundo? Ou pior, como qualquer professor poderá conseguir dar sua aula sem levar em conta as religiões, culturas, segregação, luta pela igualdade de gêneros? Isso sem fazer maiores provocações" disse.

Professoras Keite e Miriam coordenam o debate no IFG
Foto: Acervo SINPREFOR

Ainda na opinião do representante sindical, vende-se a ideia de que o país está em crise graças a uma ideologia que jamais existiu no Brasil quando na realidade o interesse é de lutar pelo domínio do pensamento no lugar mais importante de uma sociedade: na escola. "Isso é histórico e ocorre em todos os lugares do mundo. Religiões, ideologias, culturas se fortalecem ou se desmoronam por meio de espaços de aprendizagem. Por mais que os políticos não valorizem a educação, eles sabem de seu poder e, por incrível que pareça, querem tornar as escolas em espaços políticos com o projeto nominado de escola sem partido. Devemos abrir o olho e refletir" concluiu.

O sindicato estuda internamente a possibilidade de fundar uma Escola Sindical para promover debates abertos aos trabalhadores públicos municipais sobre a importância do sindicato e da luta em torno de pautas estaduais e nacionais que podem afetar enormemente os municípios. Na previsão de alguns dirigentes, o tópico retornará a ser prioridade ainda este ano para que, até dezembro, seja estabelecido um calendário de atividades da escola.

Matéria publicada em 26 de setembro de 2016
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