Combata o Assédio Moral!
O que é assédio moral no trabalho?
A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ entre os trabalhadores, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto estima.
Em resumo: um ato isolado de humilhação não é assédio moral. Este, pressupõe:
1- repetição sistemática;
2 - intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego);
3 - direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório);
4 - temporalidade (durante a jornada, por dias e meses);
5 - degradação deliberada das condições de trabalho.
Entretanto, quer seja um ato ou a repetição deste ato, devemos combater firmemente por constituir uma violência psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos.
Estratégias do agressor
Escolher a vítima e isolar do grupo. Impedir de se expressar e não explicar o porquê. Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em frente aos colegas. Culpabilizar/responsabilizar publicamente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço familiar. Desestabilizar emocional e profissionalmente. A vítima gradativamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o interesse pelo trabalho. Destruir a vítima (desencadeamento ou agravamento de doenças pré-existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e constante. Livrar-se da vítima que são forçados/as a pedir demissão ou são demitidos/as, freqüentemente, por insubordinação. Impor ao subordinado sua autoridade para aumentar a produtividade.
Como é feito o Assédio Moral por parte do agressor?
Gestos, condutas abusivas e constrangedoras, humilhar repetidamente, inferiorizar, amedrontar, menosprezar ou desprezar, ironizar, difamar, ridicularizar, risinhos, suspiros, piadas jocosas relacionadas ao sexo, ser indiferente à presença do/a outro/a, estigmatizar os/as adoecidos/as pelo e para o trabalho, colocá-los/as em situações vexatórias, falar baixinho acerca da pessoa, olhar e não ver ou ignorar sua presença, rir daquele/a que apresenta dificuldades, não cumprimentar, sugerir que peçam demissão, dar tarefas sem sentido ou que jamais serão utilizadas ou mesmo irão para o lixo, dar tarefas através de terceiros ou colocar em sua mesa sem avisar, controlar o tempo de idas ao banheiro, tornar público algo íntimo do/a subordinado/a, não explicar a causa da perseguição, difamar, ridicularizar.
Algumas situações de Assédio Moral no trabalho:
1 - Começar sempre reunião amedrontando quanto ao desemprego ou ameaçar constantemente com a demissão, remoção injustificada ou mudança de setor ou mesmo local de trabalho;
2 - Repetir a mesma ordem para realizar uma tarefa simples várias de vezes até desestabilizar emocionalmente o trabalhador ou dar ordens confusas e contraditórias;
3 - Sobrecarregar de trabalho ou impedir a continuidade do trabalho, negando informações;
4 - Desmoralizar publicamente, afirmando que tudo está errado ou elogiar, mas afirmar que seu trabalho é desnecessário à empresa ou instituição;
5 - Não cumprimentar e impedir os colegas de almoçarem, cumprimentarem ou conversarem com a vítima, mesmo que a conversa esteja relacionada à tarefa. Querer saber o que estavam conversando ou ameaçar quando há colegas próximos conversando;
6 - Ignorar a presença do/a trabalhador/a;
7 - Desviar da função ou retirar material necessário à execução da tarefa, impedindo o trabalho;
8 - Exigir que faça horários fora da jornada. Ser trocado/a de turno ou de local de trabalho, sem ter sido avisado/a ou sem ter motivo aparente;
9 - Sugerir que peça demissão, por sua saúde;
10 - Divulgar boatos sobre sua moral;
11 - Ser impedido de questionar. Mandar calar-se, reafirmando sua posição de ’autoridade no assunto’;
12 - Menosprezar o sofrimento do outro;
13 - Ridicularizar o doente e a doença;
14 - Ter seus laudos recusados e ridicularizados;
15 - Passar lista na empresa para que os trabalhadores/as se comprometam a não procurar o Sindicato ou mesmo ameaçar os sindicalizados;
16 - Impedir que as grávidas se sentem durante a jornada ou que façam consultas de pré-natal fora da empresa;
17 - Impedir de tomar cafezinho ou reduzir horário de refeições para 15 minutos;
18 - Desvio de função: mandar limpar banheiro, fazer cafezinho, limpar posto de trabalho, pintar casa de chefe nos finais de semana;
19 - Ter outra pessoa no posto de trabalho ou função após as férias ou licença;
20 - Ser impedido de andar pela empresa;
21 - Controlar as idas a médicos, questionar acerca do falado em outro espaço. Impedir que procurem médicos fora da empresa;
22 - Não permitir que conversem com antigos colegas dentro da empresa.
O que a vítima deve fazer?
Resistir: anotar com detalhes toda as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário).
Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas de setor, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.
Evitar conversar com o agressor, sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante sindical.
Exigir por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao R.H e da eventual resposta do agressor. Se possível mandar sua carta registrada, por correio, guardando o recibo.
Procurar o SINPREFOR e relatar o acontecido.
Em conjunto com o SINPREFOR, o trabalhador junto com o dirigente sindical buscarão outras medidas para solucionar a questão podendo, inclusive, buscar orientação e encaminhar a demanda para: Ministério Público e/ou Justiça do Trabalho.
Se for o caso, recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos Trabalhadores – CEREST - e contar a humilhação sofrida ao médico, assistente social ou psicólogo.
Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais para recuperação da auto-estima, dignidade, identidade e cidadania.
Importante: Se você é testemunha de cena(s) de humilhação no trabalho supere seu medo, seja solidário com seu colega. Você poderá ser "a próxima vítima" e nesta hora o apoio dos seus colegas também será precioso. Não esqueça que o medo reforça o poder do agressor!
Lembre-se: O assédio moral no trabalho não é um fato isolado, como vimos ele se baseia na repetição ao longo do tempo de práticas vexatórias e constrangedoras, explicitando a degradação deliberada das condições de trabalho num contexto de desemprego, dessindicalização e aumento da pobreza urbana. A batalha para recuperar a dignidade, a identidade, o respeito no trabalho e a auto-estima, deve passar pela organização de forma coletiva através dos representantes dos trabalhadores do seu sindicato.
O basta à humilhação depende também da informação, organização e mobilização dos trabalhadores. Um ambiente de trabalho saudável é uma conquista diária possível na medida em que haja "vigilância constante" objetivando condições de trabalho dignas, baseadas no respeito ’ao outro como legítimo outro’, no incentivo a criatividade, na cooperação.
O combate de forma eficaz ao assédio moral no trabalho exige a formação de um coletivo multidisciplinar, envolvendo diferentes atores sociais: sindicatos, advogados, médicos do trabalho e outros profissionais de saúde, sociólogos, antropólogos e grupos de reflexão sobre o assédio moral. Estes são passos iniciais para conquistarmos um ambiente de trabalho saneado de riscos e violências e que seja sinônimo de cidadania.
Texto adaptado retirado do site: www.assediomoral.org
Para mais informações acesse: www.assediomoral.org
É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.
A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ entre os trabalhadores, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto estima.
Em resumo: um ato isolado de humilhação não é assédio moral. Este, pressupõe:
1- repetição sistemática;
2 - intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego);
3 - direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório);
4 - temporalidade (durante a jornada, por dias e meses);
5 - degradação deliberada das condições de trabalho.
Entretanto, quer seja um ato ou a repetição deste ato, devemos combater firmemente por constituir uma violência psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos.
Estratégias do agressor
Escolher a vítima e isolar do grupo. Impedir de se expressar e não explicar o porquê. Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em frente aos colegas. Culpabilizar/responsabilizar publicamente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço familiar. Desestabilizar emocional e profissionalmente. A vítima gradativamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o interesse pelo trabalho. Destruir a vítima (desencadeamento ou agravamento de doenças pré-existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e constante. Livrar-se da vítima que são forçados/as a pedir demissão ou são demitidos/as, freqüentemente, por insubordinação. Impor ao subordinado sua autoridade para aumentar a produtividade.
Como é feito o Assédio Moral por parte do agressor?
Gestos, condutas abusivas e constrangedoras, humilhar repetidamente, inferiorizar, amedrontar, menosprezar ou desprezar, ironizar, difamar, ridicularizar, risinhos, suspiros, piadas jocosas relacionadas ao sexo, ser indiferente à presença do/a outro/a, estigmatizar os/as adoecidos/as pelo e para o trabalho, colocá-los/as em situações vexatórias, falar baixinho acerca da pessoa, olhar e não ver ou ignorar sua presença, rir daquele/a que apresenta dificuldades, não cumprimentar, sugerir que peçam demissão, dar tarefas sem sentido ou que jamais serão utilizadas ou mesmo irão para o lixo, dar tarefas através de terceiros ou colocar em sua mesa sem avisar, controlar o tempo de idas ao banheiro, tornar público algo íntimo do/a subordinado/a, não explicar a causa da perseguição, difamar, ridicularizar.
Algumas situações de Assédio Moral no trabalho:
1 - Começar sempre reunião amedrontando quanto ao desemprego ou ameaçar constantemente com a demissão, remoção injustificada ou mudança de setor ou mesmo local de trabalho;
2 - Repetir a mesma ordem para realizar uma tarefa simples várias de vezes até desestabilizar emocionalmente o trabalhador ou dar ordens confusas e contraditórias;
3 - Sobrecarregar de trabalho ou impedir a continuidade do trabalho, negando informações;
4 - Desmoralizar publicamente, afirmando que tudo está errado ou elogiar, mas afirmar que seu trabalho é desnecessário à empresa ou instituição;
5 - Não cumprimentar e impedir os colegas de almoçarem, cumprimentarem ou conversarem com a vítima, mesmo que a conversa esteja relacionada à tarefa. Querer saber o que estavam conversando ou ameaçar quando há colegas próximos conversando;
6 - Ignorar a presença do/a trabalhador/a;
7 - Desviar da função ou retirar material necessário à execução da tarefa, impedindo o trabalho;
8 - Exigir que faça horários fora da jornada. Ser trocado/a de turno ou de local de trabalho, sem ter sido avisado/a ou sem ter motivo aparente;
9 - Sugerir que peça demissão, por sua saúde;
10 - Divulgar boatos sobre sua moral;
11 - Ser impedido de questionar. Mandar calar-se, reafirmando sua posição de ’autoridade no assunto’;
12 - Menosprezar o sofrimento do outro;
13 - Ridicularizar o doente e a doença;
14 - Ter seus laudos recusados e ridicularizados;
15 - Passar lista na empresa para que os trabalhadores/as se comprometam a não procurar o Sindicato ou mesmo ameaçar os sindicalizados;
16 - Impedir que as grávidas se sentem durante a jornada ou que façam consultas de pré-natal fora da empresa;
17 - Impedir de tomar cafezinho ou reduzir horário de refeições para 15 minutos;
18 - Desvio de função: mandar limpar banheiro, fazer cafezinho, limpar posto de trabalho, pintar casa de chefe nos finais de semana;
19 - Ter outra pessoa no posto de trabalho ou função após as férias ou licença;
20 - Ser impedido de andar pela empresa;
21 - Controlar as idas a médicos, questionar acerca do falado em outro espaço. Impedir que procurem médicos fora da empresa;
22 - Não permitir que conversem com antigos colegas dentro da empresa.
O que a vítima deve fazer?
Resistir: anotar com detalhes toda as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário).
Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas de setor, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.
Evitar conversar com o agressor, sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante sindical.
Exigir por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao R.H e da eventual resposta do agressor. Se possível mandar sua carta registrada, por correio, guardando o recibo.
Procurar o SINPREFOR e relatar o acontecido.
Em conjunto com o SINPREFOR, o trabalhador junto com o dirigente sindical buscarão outras medidas para solucionar a questão podendo, inclusive, buscar orientação e encaminhar a demanda para: Ministério Público e/ou Justiça do Trabalho.
Se for o caso, recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos Trabalhadores – CEREST - e contar a humilhação sofrida ao médico, assistente social ou psicólogo.
Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais para recuperação da auto-estima, dignidade, identidade e cidadania.
Importante: Se você é testemunha de cena(s) de humilhação no trabalho supere seu medo, seja solidário com seu colega. Você poderá ser "a próxima vítima" e nesta hora o apoio dos seus colegas também será precioso. Não esqueça que o medo reforça o poder do agressor!
Lembre-se: O assédio moral no trabalho não é um fato isolado, como vimos ele se baseia na repetição ao longo do tempo de práticas vexatórias e constrangedoras, explicitando a degradação deliberada das condições de trabalho num contexto de desemprego, dessindicalização e aumento da pobreza urbana. A batalha para recuperar a dignidade, a identidade, o respeito no trabalho e a auto-estima, deve passar pela organização de forma coletiva através dos representantes dos trabalhadores do seu sindicato.
O basta à humilhação depende também da informação, organização e mobilização dos trabalhadores. Um ambiente de trabalho saudável é uma conquista diária possível na medida em que haja "vigilância constante" objetivando condições de trabalho dignas, baseadas no respeito ’ao outro como legítimo outro’, no incentivo a criatividade, na cooperação.
O combate de forma eficaz ao assédio moral no trabalho exige a formação de um coletivo multidisciplinar, envolvendo diferentes atores sociais: sindicatos, advogados, médicos do trabalho e outros profissionais de saúde, sociólogos, antropólogos e grupos de reflexão sobre o assédio moral. Estes são passos iniciais para conquistarmos um ambiente de trabalho saneado de riscos e violências e que seja sinônimo de cidadania.
Texto adaptado retirado do site: www.assediomoral.org
Para mais informações acesse: www.assediomoral.org
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