Assédio Moral: o mal invisível no serviço público de Formosa

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Um dos maiores males que acontece no serviço público municipal há vários anos é o assédio moral, um mal que, com o passar dos tempos tem afetado diversas pessoas e famílias que compõem o quadro efetivo dos trabalhadores de nossa cidade.

Neste cenário, o SINPREFOR tem tomado todas as providências quanto ao combate ao assédio moral com apoio jurídico, levantamento dos fatos para apuração das denúncias, levar e acompanhar os funcionários e processos junto aos órgãos cabíveis e cobrar dos gestores medidas para que o assédio deixe de figurar na vida de vários trabalhadores e trabalhadoras.

No entanto, a maior dificuldade encontrada pelo sindicato em fazer com que a questão se converta em pena para os responsáveis é justamente a mudança de comportamento da vítima que por vários motivos, no decorrer da apuração dos fatos, opta por esconder o que aconteceu alterando seu relato e dificultando o andamento dos processos ou provocando seu arquivamento.

"Até mesmo na fase de apuração que o sindicato elabora e se organiza para levar a questão até o fim com a punição aos responsáveis, o trabalhador por muitas vezes acaba deixando de comparecer ao escritório ou de relatar detalhes do que aconteceu quando fazemos o acompanhamento. Também acontece de no calor das emoções a vítima dizer uma coisa e, na frente de outras autoridades que podem punir os agressores, mudar o teor da conversa. Isso dificulta muito o trabalho" alegou um dos dirigentes do sindicato.

Neste sentido, o SINPREFOR deverá voltar a fazer uma campanha realizada em 2013 que ficou na fase de testes para fazer com que os trabalhadores saibam como fazer para denunciar, sejam parceiros das vítimas e as acompanhem em todo o processo. "Há muitos casos das vítimas que não possuem provas e não conseguem testemunhas para validar os processos. Muitas vezes, para não sofrer na mão do agressor, as pessoas fingem não ver o que aconteceu acreditando que assim não se tornarão alvos" afirmou um dos dirigentes do sindicato.

Além de poder causar vários danos à vítima, o assédio moral é o principal responsável por baixar a qualidade dos serviços prestados bem como por gerar situações desagradáveis no ambiente de trabalho.

O trabalhador que sofre assédio ou aquele que vê acontecer com o colega deve fazer com que os fatos sejam registrados de alguma forma. Não havendo esta possibilidade, devem encorajar a vítima a procurar o sindicato sendo testemunha dos fatos que viu ou conviveu. Com a denúncia, o nome da vítima e os fatos recorrentes são levados às autoridades competentes e a entidade sindical, além de realizar o acompanhamento, protege o trabalhador quanto a possíveis ameaças administrativas (remoções, mudanças de setor, alteração na rotina de trabalho).

Desde o início do ano, quando os casos começaram a ser contabilizados pelo sindicato. Cerca de 40 pessoas buscaram o sindicato para levar relatos e indícios de assédio moral. Enquanto cerca de 10% dos casos seguiram adiante nos órgãos fiscalizadores e são assistidos pelo sindicato, outros 10% não seguiram adiante por se tratar de desentendimentos resolvidos e acompanhados pela entidade sindical e 80% desistiram de realizar as denúncias após a primeira visita.

Outras 20 pessoas também já procuraram o sindicato para serem aconselhadas quanto ao que é assédio moral e informações correlatas diversas.

O SINPREFOR atende na Rua Herculano Lôbo, número 80, ao lado da Lotérica na rua do cartório de Clarival de Miranda. A denúncia também pode ser feita pelo e-mail sinprefor@gmail.com ou ainda pelo telefone (61) 3631-3569. Todas as informações e envolvidos são mantidos em sigilo.
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