Pressão impede votação do quinquênio e redução de gratificação

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A prefeitura de Formosa, em uma atitude desesperada para reduzir gastos, partiu para cima dos servidores. Projeto do Executivo enviado à Câmara Municipal previa a redução da gratificação, de 70% para 15%, para os novos professores que trabalharão em zona rural. Os quinquênios dos servidores também seriam afetados, sendo reduzidos de 10% para 4%.



Organizados pelo Sinprefor - sindicato que representa os funcionários públicos municipais de Formosa - os servidores foram à luta e, na tarde da quarta-feira (29), lotaram a sessão que definiria esses percentuais. Com tamanha pressão, o resultado não poderia ter sido diferente. Os vereadores, mesmo os da base governista, votaram contra o projeto, que foi arquivado em definitivo.

Mas a luta não para por aí. A questão da redução dos quinquênios ainda está pendente e o projeto pode ser votado a qualquer momento.

O presidente do Sinprefor, Alex Nunes Oliveira, comemorou a vitória. "Lutamos, argumentamos com base na lei, pressionamos e vencemos. Esse projeto foi rejeitado graças à movimentação do sindicato, do povo e dos servidores. Mas temos que estar vigilantes, pois ainda temos questões pendentes na Câmara", disse.

Uma professora enfatizou que "hoje [quarta-feira], em nossa Câmara de Vereadores, comprovei que o povo junto ainda tem força. Mas também comprovei o descaso de grande parte daqueles senhores que nos olhavam como se fossemos invasores, esquecendo que aquela Casa é nossa... do povo".

O Sinprefor marcou assembleia para o dia 10 de fevereiro, às 9h, na Praça da Prefeitura, dessa vez para debater com a categoria os rumos das negociações sobre os planos de carreira dos servidores municipais.

Iluminação pública - A mesma sessão que analisou a redução das gratificações dos professores apreciou outro projeto do Executivo, que majorava a taxa de iluminação pública em 60%. A alegação da prefeitura era saldar uma dívida junto à Celg (concessionária de energia elétrica) deixada pelas gestões passadas. Após vários embates entre oposição e a bancada governista, o projeto de lei foi aprovado.

"Infelizmente o projeto de lei sobre o aumento da taxa de iluminação acabou sendo aprovado e irá sacrificar a toda a população. Ignoraram várias possibilidades sugeridas e preferiram tirar o dinheiro da dívida de nossos bolsos. Isso sem estudo técnico, sem saber quanto custará esse aumento no final das contas", afirmou Alex Nunes.

Matéria de autoria da Secretaria de Comunicação da CUT Brasília. 
Fotos: Aldimar Nunes, do Entorno Urgente