Mensagem do presidente sobre turismo em Formosa

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Alex e Jonh Durant (campeão mun-
dial de Asa Delta) em Etapa do
Campeonato Brasileiro de Vôo Livre
O município de Formosa é indiscutivelmente um dos maiores da região do Entorno do Distrito Federal e é inquestionável o seu poder turístico ainda não explorado dentro das normas ambientais bem como o seu fator estratégico em relação à localização da cidade. O que na teoria poderia transformar a cidade numa das maiores do país, na prática sofre para resolver questões simples como por exemplo, a valorização do servidor e sua proteção no local de trabalho.
Para esta mensagem presidencial do SINPREFOR, escolhi a temática do turismo por acreditarmos que, para melhorarmos a vida do servidor é necessário que a arrecadação possa aumentar e garantir os direitos que estão por vir. A velha história de que a Prefeitura não tem dinheiro é algo que estamos cansados de ouvir. Então, segue uma de nossas sugestões para que o caixa possa aumentar.

Num município em que o FPM - Fundo de Participação dos Municípios é a principal fonte de rendas, a cidade que possui mais de 100 mil habitantes insiste em se parecer com aquelas com menos de 30 mil pessoas. É notório que cidades como Barra do Garças-MT que vive há centenas de quilômetro da capital mato-grossense e outras centenas da capital federal possuem uma ótica de exploração turística de primeiro mundo que a transforma em uma das melhores cidades do estado.

A pergunta que sempre fica no ar é velha: "Porque Formosa insiste em ser cidade dormitório do Distrito Federal? Porque o seu turismo não é explorado com a introdução de Políticas Público Privadas?". O que chama a atenção é que há alguns anos, uma delegação do município de Formosa visitou Bonito-MS, outro claro exemplo de que a cidade pode colocar outras fontes de rendas entre as principais. Foi criado o projeto "Formosa 2014" e estamos há dias do primeiro jogo das Copas das Confederações e sequer foi colocado no Plano Piloto um outdoor dos nossos pontos turísticos para que o visitante estrangeiro pudesse dar um pulo em Formosa.

Naquele projeto, que foi agraciado por todos até com concurso de logomarca, haviam sugestões que iam desde colocação de painéis nas entradas dos pontos turísticos até a introdução de formas de atendimento para o estrangeiro. Pergunto-me o que o estrangeiro fará em Formosa se ninguém conseguirá conversar com o mesmo. Brasília vai acabar engolindo todos em seus hotéis, restaurantes, pizzarias e comérico e nossa cidade, que fica a menos de 100 quilômetros será esquecida a exemplo do que ocorre todo o ano em agosto com a Etapa Brasileira de Vôo Livre no limite do município com Planaltina de Goiás no Vale do Paranã e que possui centenas de atletas, em sua maioria estrangeiros do Oriente Médio, Oceania, Europa e Estados Unidos. Presencio a competição todo ano desde 2009, vejo o torneio crescer e Formosa deixar de buscar esses estrangeiros de modo que a Rampa de Vôo Livre, que era nossa, tem sido de Planaltina.

Outra coisa que chama a atenção é cidades que ficam há mais de 500 quilômetros de Brasília terem tido direito de estarem na lista de cidades da região a serem visitadas. Uma lista promovida inclusive pelo Ministério de Turismo e, nossa cidade, ficar de fora.

Projetos como o PMAT, que ganhou toda a atenção em Formosa, realmente poderão revolucionar nossa arrecadação e realidade no município. Mas se o recurso do PMAT não é como o FPM (que vem todo mês), pergunto-me quem é que fará com que a arrecadação do município de Formosa suba três vezes?

Creio eu que uma forma de aumentar nossa arrecadação é através de uma exploração de nosso turismo onde poucos sabem onde fica a Antiga Usina, o Buraco das Andorinhas, a Toca da Onça e o Lago Azul. E onde muitos nunca chegaram perto do Itiquira. É a Secretaria de Turismo localizar, mapear, preparar e analisar todos os mais de 30 pontos turísticos de nossa cidade. Visitar locais que são particulares e viabilizar uma parceria para exploração onde todos ganhamos. Precisamos de um departamento que qualifique e oportunize a aparição de guias. Pirenópolis e Alto Paraíso são exemplos próximos de que a regulamentação dos guias e a criação de oficinas de artesanato mudaram a vida de seus munícipes.

Saídas para aumentar a arrecadação sem prejudicar a população com aumento de impostos existem,
e muitas. Cabe o administrador do município e sua equipe pensar e realmente mudar nossa cultura ampliando horizontes, explorando o turismo com respeito ao meio ambiente criando empregos e oportunidade e tendo receita para melhorar a Tabela Salarial dos Servidores Públicos Municipais. Fica a dica para a Prefeitura e nossos representantes na Câmara Municipal de Formosa.

Alex Nunes, presidente do SINPREFOR