Greve dos funcionários públicos municipais passa dos 10 dias

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Mesmo com trabalhadores cedendo prazos e buscando todas as alternativas para chegar a um acordo, Prefeitura não avança nas negociações e dificulta vida dos trabalhadores que permanecem em greve por tempo indeterminado

Greve ultrapassa 10 dias. Negociação não avança e trabalhadores seguem na luta.
Foto: Site Entorno Urgente

Depois de apresentada a pauta trabalhista ainda no mês de janeiro de 2015 à Prefeitura, o SINPREFOR – Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Formosa – realizou a primeira Assembleia no dia 19.


Na ocasião, os trabalhadores decidiram por conceder um prazo para que a negociação pudesse ser positiva. No entanto, após mais de dez dias, os trabalhadores do município voltaram a se mobilizar no dia 02 de fevereiro para saber qual foi à evolução das tratativas para com a Prefeitura.

Sem avanço na negociação, os trabalhadores voltaram a conceder mais um prazo para discussão e, em 9 de fevereiro, diante da inflexibilidade da Administração Municipal que não avançou em nenhuma pauta sem dar nenhuma garantia de períodos de pagamento, os funcionários públicos decretaram o início da terceira greve dos funcionários públicos municipais para o dia 11 caso a pauta trabalhista não fosse atendida.

Na quarta, o movimento tomou conta da principal rua da cidade, a Visconde de Porto Seguro, que contou com mais de 1.200 manifestantes. Posteriormente a isto, com um número cada vez maior de adeptos, os grevistas pediram negociação na sexta-feira (13) após atos na Praça da Prefeitura.
Na quarta-feira de Cinzas, o sindicato e a Prefeitura voltaram a sentar para debater os pontos pedidos pelos funcionários e um dos poucos avanços foi a diminuição do prazo para analisar quando serão pagos os direitos de 90 para 70 dias.

Na quinta (19), os funcionários recusaram a proposta enviando uma contraproposta à Prefeitura Municipal de Formosa abrindo mão de alguns pontos com o intuito de avançar a negociação.
No entanto, com nova negativa da Prefeitura que, além de não avançar as negociações reforçou o compromisso dos 70 dias de espera, os funcionários públicos municipais preferiram pela continuidade da greve e intensificação do movimento que tem sido crescente e tem atingido diversas áreas do serviço público.

Durante a próxima semana, os funcionários voltarão a se manifestar na segunda-feira (dia 23), às 8h00, na Praça da Prefeitura.

Para o presidente do SINPREFOR, Alex Nunes, o movimento tem sido positivo e tem obtido apoio da população: “Nenhum trabalhador é a favor de reduzir seu próprio salário com a desculpa de fechar as contas. Ouvimos muito que a Prefeitura tem tido dificuldades, mas nós acreditamos que esta dificuldade não tem nada a ver com o funcionário que faz a cidade andar dia após dia. Os servidores seguem no movimento pois querem enxergar uma luz no fim do túnel, querem ver sua situação resolvida. Ter 70 dias para depois sentar e ver o que pode ou não ter não é do interesse dos funcionários que preferiram manter o movimento” disse.

Alex ainda complementou dizendo que os funcionários públicos municipais não podem ser 
penalizados por possíveis falhas: “Ouvimos sempre que estão ajustando a máquina, que estão ajeitando as contas e que os trabalhadores perderam parte do seu salário por conta de pagamento indevido. Porém, não vimos nenhuma atitude no sentido de diminuir secretarias, de diminuir despesas. Pelo contrário, fica parecendo que toda a dificuldade financeira da Prefeitura ocorre por conta de culpa dos trabalhadores e os trabalhadores estão nas ruas indignados e se sentindo desrespeitados com isto. Todos querem apenas seus direitos e não somos nós os culpados pela possível dificuldade financeira que sempre é alegada mas não comprovada por documentos ao sindicato nas mesas de negociação” concluiu.

Os trabalhadores públicos municipais estão em greve em busca de: Agilização nos processos atrasados desde setembro passado, incentivo funcional de todos os funcionários, titularidade e mudança de nível dos professores para que os mesmos sejam pagos e de incentivo anual dos ACS e ACE; ampliação da negociação do Plano de Carreira dos ACS e ACE em conformidade com a lei federal; correção dos pagamentos de acordo com o INPC/Data Base, que deveria ter sido pago em janeiro; garantia do pagamento do Piso Salarial dos Professores dentro do prazo previsto em lei; Restruturação da Tabela Salarial de todos os funcionários uma vez que o valor inicial do vencimento base está abaixo do salário mínimo; Melhorias nas condições do serviço público; Mais transparência e mais respeito com o funcionalismo público.