SINPREFOR recebe denúncia grave, sugere interdição de escola e dá prazo para situação ser resolvida

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Na noite de ontem (28), o SINPREFOR recebeu diversas fotos das condições do ambiente de trabalho em que as servidoras Agente de Serviços Higiene e Alimentação estavam sendo submetidas na Escola Municipal Walda de Miranda no Parque Lago. Diante das denúncias a dirigente Karla de Castro realizou diligência na unidade pela manhã desta quinta (29) para averiguar a situação. Quadro é preocupante.

Desespero. Esse foi o sentimento demonstrado pelos servidores da unidade escolar que há tempos busca soluções para seus problemas e não encontrava nenhum respaldo. Ao menos esse era o sentimento até a manhã de hoje. Com água exposta no meio do pátio, transbordando na cozinha e na caixa de gordura, o ambiente insalubre, além de colocar em risco os alunos, também expunham os trabalhadores a uma situação calamitosa.

Na diligência, a dirigente sindical registrou as condições da cozinha, da caixa de gordura, do corredor a que os alunos são expostos quando buscam seu alimento nas merendas, da caixa d'água com a base completamente enferrujada e com o buraco da fossa com risco evidente de desmoronamento bem como o mal cheiro por boa parte da escola.

"Enquanto as condições ambientais de trabalho não sejam melhoradas, o sindicato recomenda a interdição da cozinha da escola até que a situação do entupimento dos canos e fossa seja arrumada" afirmou Karla após a diligência.

Coincidentemente, o presidente do Conselho Municipal de Educação, Fabiano Mendonça Rabêlo se encaminhou à unidade escolar no mesmo momento em que o SINPREFOR estava presente e sugeriu audiência imediata com o secretário municipal.

Após a saída do SINPREFOR da unidade o sindicato foi informado que a equipe da Secretaria Municipal de Educação visitou a escola pouco depois para tentar acelerar o encaminhamento de equipes para suprir a unidade e que a vice-prefeita, Argentina Martins, também se encaminhou para o Walda com o intuito de saber mais sobre a situação.

Reunião
Em reunião com o SINPREFOR e Conselho Municipal de Educação, o secretário de educação afirmou que conhece o caso há alguns dias e que mostrou as fotos da situação da unidade para o secretário de obras para que as providências fossem tomadas urgentemente. "A Secretaria de Educação não dispõe de equipe pra fazer esse trabalho. Pra que ele seja feito pedimos ajuda para a Secretaria de Obras" afirmou o secretário.

Durante o debate que durou cerca de uma hora, a dirigente sindical Karla deixou claro que o risco de contaminação e a falta de condições para operar era mínima e que era preciso interditar a unidade uma vez que não havia condições de se dar as merendas.

O secretário reafirmou o seu interesse em querer resolver a situação e mencionou outras prioridades relativas ao risco de queda de telhados e que, para todos os casos, depende de equipe da outra pasta para resolver a situação e que, insistentemente e periodicamente tem buscado fazer com que a situação seja resolvida logo.

O SINPREFOR não procurou e não obteve informações do secretário de obras a respeito do comentário
feito pelo secretário de educação.

Segundo apurado, a escola tem buscado, por meio de ofícios, chamar a atenção para as diversas situações presentes na unidade e que, apenas com a repercussão do caso, foi demonstrado um interesse mais evidente de se resolver o problema.

O que ficou acordado
Na reunião, ficou firmado verbalmente que, inicialmente, o serviço de limpeza de fossa e dos canos fossem realizados ainda nesta sexta (30) e que o buraco que expõe a fossa nos fundos dos banheiros e cozinha fosse isolado até que as providências finais fossem tomadas. Caso a situação se perpetue até a segunda-feira (02), o SINPREFOR afirmou que entregaria o caso para o Ministério Público tomar as devidas providências.

"Inicialmente foi demonstrado um imenso interesse em se resolver a situação da escola por parte da secretaria. Vamos aguardar as providências até porque foi um compromisso do secretário e sua equipe. Deixamos claro que outras situações que vierem a ser encaminhadas para o sindicato ganharam a mesma preocupação e que iremos novamente levar para a mesa da secretaria para possibilitar um canal ou um meio de se resolver de uma maneira pacífica e emergencial. O desentupimento e o isolamento são primordiais e imediatos e firmaram o compromisso de fazer isso até amanhã. O restante da obra para se consertar tudo, segundo o secretário, dependerá de outra equipe mas foi demonstrado interesse de se resolver ainda em setembro. Vamos acompanhar essa situação de perto até porque vem sendo arrastada há tempos" disse Alex.

Pela tarde
Na diligência realizada a tarde com a presença do presidente Alex e da dirigente Karla foi constatado que algumas providências paliativas e dentro da possibilidade foram tomadas, nada que tirasse o risco de contaminação e de desmoronamento. Também foi afirmado que as atividades escolares serão realizadas amanhã com período reduzido por conta da falta de condição de se providenciar a merenda.

Pouco depois de sair da unidade, funcionários da empresa de limpeza de fossa e de canos foram flagrados a caminho da escola. O SINPREFOR parabeniza os servidores pela denúncia e incentiva a todos para que nos procurem e levem situações similares para que possamos buscar uma saída.

Cozinha do HMF
Durante as manifestações de maio, o SINPREFOR buscou um diálogo para que a situação da cozinha do Hospital fosse resolvida. Primeiramente em reunião com o secretário de Administração, posteriormente com uma comissão de vereadores em visita à cozinha e posterior insistência, a cozinha ganhou alguns reparos, mas os principais problemas se perpetuam. O sindicato deve encaminhar diligência ao hospital para apurar a situação e encaminhar a situação ao Ministério Público. "Não podemos esperar tanto. Há servidores nestes locais que correm sérios riscos de morte ou infecções. Tentamos de toda forma alertar os gestores dos problemas. A situação que não se resolve pacificamente segue para o MP. Não podemos ser omissos quanto a isto" finalizou Alex.

A previsão de nova visita à cozinha do Hospital Municipal está marcada para o mês de setembro.