Alex Nunes deixa grande legado após cinco anos

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Eleito vice-presidente na gestão 2012-2014, Alex Nunes logo assumiu a presidência após o então presidente Chico renunciar ao cargo para disputar as eleições municipais por um cargo na Câmara Municipal de Formosa. Com apenas 24 anos, Nunes iniciou sua trajetória que, após cinco anos, deixa marcas profundas na comunidade formosense.

Em 6 de março de 2012, Alex Nunes era declarado presidente do SINPREFOR. Inexperiente, teve a ideia de realizar estudos e se preparar para a missão de representar milhares de funcionários públicos municipais. Foi nesta época que reforçou e ampliou o contato com dezenas de entidades sindicais municipais da região.

Aplicado, sempre se autodefiniu como uma pessoa extremamente técnica e com baixo potencial político. Foi por conta de sua habilidade em análise documental que Alex iniciou a mostrar o resultado de seus estudos ainda em 2012. De sua mesa partiu o ofício em que pedia providências ao Ministério Público para executar o Termo de Ajuste de Conduta do Piso dos Professores que havia sido descumprido pelo então prefeito Pedro Ivo.

Na ocasião, o TAC celebrado entre funcionários e Prefeitura em 2010 teve importante atuação do professorado da Escola Walda de Miranda, algo que o próprio Alex sempre fez questão de enaltecer. 

Após dois anos, a Prefeitura não havia pago o retroativo de 2012 e, então, Nunes provocou os promotores. Ainda em dezembro, Pedro Ivo havia sido obrigado a pagar todos os valores devidos daquele ano.

Também em 2012, por ser servidor da Câmara Municipal, Alex teve papel fundamental para que os projetos de lei do Estatuto e Plano de Carreira da Guarda caminhassem para discussão no plenário contando com apoio de vários vereadores. 

Após anos de engessamento, Alex e alguns vereadores pressionaram pessoalmente a Prefeitura enquanto a dirigente Karla pressionou a saída do processo no departamento jurídico da Prefeitura.

Em dezembro, os dois projetos foram aprovados com presença do dirigente na Câmara. Na época, a falta de habilidade política fez com que poucos soubessem quem de fato fez com que o projeto fosse desatolado.

No ano de 2012, Alex convocou as primeiras Assembleias, ao total foram 10 entre setembro e dezembro. Foi apenas o esquenta para os próximos anos que estariam por vir.

Em 2013 e 2014, o novo governo logo tratou de sacrificar os funcionários com redução nos quinquênios e seguiu atacando os trabalhadores propondo reduções do quinquênio, retirada de gratificações, corte de insalubridade e ataques a todos os trabalhadores.

Nesta época, a participação dos trabalhadores se amplificou e Alex foi peça fundamental para dirigir os trabalhos dos movimentos e evitar que projetos como a redução do quinquênio e a retirada ou redução de gratificações ocorressem.

Sem pagar os retroativos do Piso dos Professores 2013 e a Data Base 2013, o governo Itamar sofreu a primeira greve da história do município de 5 dias que resultou no pagamento dos dois direitos ainda naquele ano. Bem como o pagamento das progressões e gratificações que estavam emperradas no jurídico.

Outra vitória ocorrida no período foi o restabelecimento das insalubridades para as áreas da saúde e garagem. Em 2014, as lutas asseguraram o pagamento do Piso dos Professores 2014 e da Data Base 2014. Além disto, evitou que fossem realizados cortes nas gratificações.

Em 2015, com o advento do Piso dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias, o sindicato e Alex também tiveram papel importante para que o projeto fosse implementado. Inclusive, partiu dele pessoalmente uma das alterações do projeto que vinculou o Piso ao vencimento e não a remuneração, como estava no projeto anteriormente.

Fora isto, foram discutidas propostas para o Plano de Carreira da Saúde, da Garagem, dos ACS e ACE e dos Professores. Todos rejeitados pelo governo Itamar.

De 2015 em diante, o governo apertou o cerco contra o trabalhador e fez os funcionários não obterem avanço nas lutas daquele ano. Satisfeito, o governo esperava ter acabado de vez com as greves recorrentes devido a sua falta de gestão e compromisso.

No entanto, em 2016, modificando o formato de luta e integrando mais pessoas, o governo se surpreendeu com a maior e mais intensa greve do município. Foram 59 dias de greve, inclusive com a administração apelando para cortes ilegais dos salários.

A juíza que avaliou se a greve era ou não legal, depois de algum tempo ratificou que, a greve era sim legal e que a mesma ocorria justamente por falta de diálogo do governo. Foi a vitória jurídica mais difícil de todo o estado, sendo copiada por diversos outros sindicatos.

Pressionado, o prefeito Itamar, que chegou a declarar que não daria nenhum centavo de reajuste aos funcionários, teve de voltar atrás e conceder parte dos reajustes, mas consolidou a maior dívida de uma administração com os trabalhadores avaliada em milhões de reais.

Para os funcionários, mais que o pequeno ganho no bolso, a luta representou o fim de um governo que faltou com o respeito para com os mesmos desde o primeiro dia e viu, mais adiante, o resultado da luta se converter em desistência do atual governo na disputa eleitoral. Além disto, os funcionários viram que sua união fez até mesmo um gestor que não se preocupava com os direitos ter sido forçado mesmo a contragosto a pagar parte do que devia. Atualmente há ações na Justiça sobre a situação.

No clube, Alex foi responsável, junto com Karla e parte da direção de grandes melhorias. A sauna foi construída em sua gestão assim como foi feito melhorias com a construção de mesas e cadeiras de concreto, melhorias nas piscinas, no piso do quiosque e todos os banheiros, reforma da casa administrativa do clube, melhoria no encanamento e na iluminação do espaço bem como melhorias na instalação de câmeras de segurança. Também foi em sua gestão que o clube teve o plantio de várias árvores e, diferentemente do que encontrou quando assumiu o espaço, ele deixará o local muito melhor do que encontrou.

No sindicato, além de ter dinamizado o setor jurídico e administrativo em conjunto com a dirigente Suyenne, a proposta de criação da Escola Sindical Maria Aparecida Vaz da Costa partiu dele e foi aprovado por todos os dirigentes em 2016. A expectativa é a de que a escola inicie seus trabalhos ainda no primeiro semestre de 2017.

De inexperiente a líder e de extremamente técnico a guerreiro. Alex Nunes sai do SINPREFOR após cinco anos de luta pela porta da frente e, com certeza, deixará muitas saudades. O SINPREFOR agradece pelo empenho e por ter tornado do sindicato um espaço maior, melhor e mais representativo. Seja sempre bem-vindo às lutas Alex!

A partir de amanhã, o SINPREFOR terá nova direção tendo a presidente Suyenne Borges como presidente.

Matéria postada pelo SINPREFOR em 31 de dezembro de 2016
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